sexta-feira, 27 de março de 2009

Amor

Tu vieste acender a luz
Que dentro do meu coração
Eu tinha apagado
Para tentar fechar
Dentro de mim
As memórias
De todos os amores
Que nunca soube conservar.
Mas essa luz
Negra como a noite
Nem por ti
Ela será capaz
De brilhar tanto
Como eu gostaria
Que viesse a acontecer.
O amor é mesmo assim...
Não tem raiz
Não o plantamos
Não o produzimos
Não o cultivamos
Não o colhemos
Mas somos nós que
Cuidamos dele
Vivemos por ele
Rimos por ele
Choramos por ele
E quando ele acaba
Muitas vezes
Somos nós
Que o matamos.

Publicado a 14/06/03 no Jornal Correio da Horta

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